sexta-feira, 29 de abril de 2022

7. Não roubar


Êxodo 20:15
15Não furtarás.

OS 10 MANDAMENTOS

Deus nos deu, através de Moisés, um conjunto de leis para serem seguidas, chamadas de Os Dez Mandamentos.

Como Papa Francisco já disse, a intenção dos Dez Mandamentos não é proibir as pessoas e impor regras, mas trazê-las para mais perto de Deus.

1. Amar a Deus sobre todas as coisas: este mandamento nos diz para amar a Deus, pois ele é nosso pai e criador. Como podemos amar a Deus? Renovando a nossa fé, rezando, participando da missa, lendo a bíblia.... Estando sempre próximos a Ele, que é nosso amigo.

2. Não tomar seu santo nome em vão: o nome de Deus é sagrado, e não deve ser usado de forma irresponsável. Usamos o nome de Deus em momentos de espiritualidade e oração.

3. Guardar domingos e festas de guarda: nós arrumamos tempo para estudar, brincar e se divertir certo? Então também temos que arrumar um tempo para Deus. A missa é a melhor maneira de santificar o domingo, que é o Dia do Senhor.

4. Honrar pai e mãe: este mandamento nos pede respeito e obediência àqueles a quem devemos nossa vida. Aprendemos o valor e sentido da família.

5. Não matar: a vida humana é um dom sagrado de Deus, portanto não temos o direito de tirá- la de ninguém!

6. Não pecar contra a castidade: como disse São Paulo ‘Nosso corpo é o templo do Espírito Santo’. Não devemos utilizar de olhares, conversas e pensamentos que nos levam ao pecado.

7. Não roubar: este mandamento nos ensina que não devemos tirar do outro aquilo que não nos pertence. Além de cometer uma injustiça, estaríamos pecando.

8. Não levantar falso testemunho: mentir, fazer insinuações e fofocas sempre prejudica o próximo.

9. Não desejar a mulher do próximo: este mandamento lembra a importância de ser fiel e não cair em tentações que prejudicam a vida em família e os propósitos de Deus.

10. Não cobiçar as coisas alheias: “cobiçar as coisas alheias” é ter uma grande ambição e um grande desejo sob aquilo que não é seu. Isso é inveja, e a inveja leva a pecados que prejudica a nossa vida e a vida do próximo.

Jesus fez mais. Em Mateus 22:37-40, resumiu-os em dois grandes mandamentos:

“Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. “Este é o grande e primeiro mandamento. “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”

O resumo não substitui os dez mandamentos, mas abrange a todos eles.

Bíblia católica

Êxodo 20:15

15Não furtarás.

Mateus 19:16-24
"16. Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna?”. Disse-lhe Jesus:
17. “Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos”.
18. “Quais?” – per­guntou ele. Jesus respondeu: “Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho,
19. honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo”.
20. Disse-lhe o jovem: “Tenho obser­vado tudo isso desde a minha infância. Que me falta ainda?”.
21. Respondeu Jesus: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!”.
22. Ouvindo essas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
23. Jesus disse então aos seus discípulos: “Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos Céus!
24. Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”."


CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA


ARTIGO 7: O SÉTIMO MANDAMENTO

2401. O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente o bem do próximo e prejudicá-lo nos seus bens, seja como for. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrenos e do fruto do trabalho dos homens. Exige, em vista do bem comum, o respeito pelo destino universal dos bens e pelo direito à propriedade privada. A vida cristã esforça-se por ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo.

I. O destino universal e a propriedade privada dos bens

2402. No princípio, Deus confiou a terra e os seus recursos à gestão comum da humanidade, para que dela cuidasse, a dominasse pelo seu trabalho e gozasse dos seus frutos(147).Os bens da criação são destinados a todo o género humano. No entanto, a terra foi repartida entre os homens para garantir a segurança da sua vida, exposta à penúria e ameaçada pela violência. A apropriação dos bens é legítima, para garantir a liberdade e a dignidade das pessoas, e para ajudar cada qual a ocorrer às suas necessidades fundamentais e às necessidades daqueles que tem a seu cargo. Tal apropriação deve permitir que se manifeste a solidariedade natural entre os homens.

2403. O direito à propriedade privada, adquirida ou recebida de maneira justa, não anula a doação original da terra à humanidade no seu conjunto. O destino universal dos bens continua a ser primordial, embora a promoção do bem comum exija o respeito pela propriedade privada, do direito a ela e do respectivo exercício.

2404. «Quem usa desses bens, não deve considerar as coisas exteriores, que legitimamente possui, só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar, não só a si, mas também aos outros»(148). A propriedade dum bem faz do seu detentor um administrador da providência de Deus, com a obrigação de o fazer frutificar e de comunicar os seus benefícios aos outros, a começar pelos seus próximos.

2405. Os bens de produção – materiais ou imateriais – como terras ou fábricas, competências ou artes, requerem os cuidados dos seus possuidores, para que a sua fecundidade aproveite ao maior número. Os detentores dos bens de uso e de consumo devem utilizá-los com moderação, reservando a melhor parte para o hóspede, o doente, o pobre.

2406. A autoridade política tem o direito e o dever de regular, em função do bem comum, o exercício legítimo do direito de propriedade (149)

II. O respeito pelas pessoas e seus bens

2407. Em matéria económica, o respeito pela dignidade humana exige a prática da virtude da temperança, para moderar o apego aos bens deste mundo; da virtude da justiça, para acautelar os direitos do próximo e dar-lhe o que lhe é devido; e da solidariedade, segundo a regra de ouro e conforme a liberalidade do Senhor, que «sendo rico Se fez pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza» (150)

O RESPEITO PELOS BENS ALHEIOS

2408. O sétimo mandamento proíbe o roubo, isto é, a usurpação do bem alheio, contra a vontade razoável do seu proprietário . Não há roubo quando o consentimento se pode presumir ou a recusa é contrária à razão e ao destino universal dos bens. É o caso da necessidade urgente e evidente, em que o único meio de remediar necessidades imediatas e essenciais (alimento, abrigo, vestuário...) é dispor e usar dos bens alheios (151).

2409. Todo o processo de se apoderar e de reter injustamente o bem alheio, mesmo que não esteja em desacordo com as disposições da lei civil, é contrário ao sétimo mandamento. Assim, reter deliberadamente bens emprestados ou objetos perdidos; cometer fraude no comércio (152); pagar salários injustos (153); subir os preços especulando com a ignorância ou a necessidade dos outros (154).

São também processos moralmente ilícitos: a especulação pela qual se manobra no sentido de fazer variar artificialmente a avaliação dos bens, com vista a daí tirar vantagem em detrimento de outrem; a corrupção, pela qual se desvia o juízo daqueles que devem tomar decisões segundo o direito; a apropriação e o uso privado de bens sociais duma empresa; os trabalhos mal executados, a fraude fiscal, a falsificação de cheques e facturas, as despesas excessivas, o desperdício. Causar voluntariamente um prejuízo em propriedades privadas ou públicas é contra a lei moral e exige reparação.

2410. As promessas devem ser cumpridas e os contratos rigorosamente observados, desde que o compromisso assumido seja moralmente justo. Grande parte da vida económica e social depende da validade dos contratos entre pessoas físicas ou morais. Por exemplo, os contratos comerciais de compra e venda, os co
ntratos de arrendamento ou de trabalho.Todo o contrato deve ser convencionado e executado de boa fé.

2411. Os contratos estão sujeitos à justiça comutativa, que regula as permutas entre as pessoas e entre as instituições no exato respeito pelos seus direitos. A justiça comutativa obriga estritamente; exige a salvaguarda dos direitos de propriedade, o pagamento das dívidas e a prestação das obrigações livremente contraídas. Sem a justiça comutativa, nenhuma outra forma de justiça é possível.

A justiça comutativa distingue-se da justiça legal, a qual diz respeito ao que o cidadão equitativamente deve à comunidade, e da justiça distributiva, que regula o que a comunidade deve aos cidadãos, proporcionalmente às suas contribuições e às suas necessidades.

2412. Em virtude da justiça comutativa, a reparação da injustiça cometida exige a restituição do bem roubado ao seu proprietário:

A justiça comutativa, que quer dizer trocar, permutar, assim chamada porque regula o intercâmbio entre pessoas iguais, que se encontram no mesmo plano. Sua finalidade consiste em estabelecer uma igualdade fundamental nas relações entre os seres humanos e exigir que essa igualdade seja restabelecida quando violada. Justo é o igual e injusto é o desigual, dizia Tomás de Aquino, filósofo e teólogo do século XII.

Jesus louvou Zaqueu pelo seu compromisso:

«Se causei qualquer prejuízo a alguém, restitui-lhe-ei quatro vezes mais» (Lc 19, 8).

Aqueles que, de maneira direta ou indireta, se apoderaram de um bem alheio, estão obrigados a restituí- lo, ou a dar o equivalente em natureza ou espécie, se a coisa desapareceu, assim como os frutos e vantagens que o seu dono teria legitimamente auferido. Estão igualmente obrigados a restituir, na proporção da sua responsabilidade e do seu proveito, todos aqueles que de qualquer modo participaram no roubo ou dele se aproveitaram com conhecimento de causa; por exemplo, aqueles que o ordenaram, o ajudaram ou o ocultaram.

2413. Os jogos de azar (jogo de cartas, etc.) e as apostas não são, em si mesmos, contrários à justiça. Mas tornam-se moralmente inaceitáveis, quando privam a pessoa do que lhe é necessário para as suas necessidades e as de outrem. A paixão do jogo pode tornar-se uma grave servidão. Apostar injustamente ou fazer batota nos jogos constitui matéria grave, a menos que o prejuízo causado seja tão leve que quem o sofre não possa razoavelmente considerá-lo significativo.

2414. O sétimo mandamento proíbe os atos ou empreendimentos que, seja por que motivo for – egoísta ou ideológico, mercantil ou totalitário – conduzam a escravizar seres humanos, a desconhecer a sua dignidade pessoal, a comprá-los, vendê-los e trocá-los como mercadoria. É um pecado contra a dignidade das pessoas e seus direitos fundamentais reduzi-las, pela violência, a um valor utilitário ou a uma fonte de lucro.

São Paulo ordenava a um amo cristão que tratasse o seu escravo, também cristão, «não já como escravo mas como irmão [...], tanto humanamente como no Senhor» (Flm 16).

O RESPEITO PELA INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO

2415. O sétimo mandamento exige o respeito pela integridade da criação. Os animais, tal como as plantas e os seres inanimados, são naturalmente destinados ao bem comum da humanidade, passada, presente e futura(155) O uso dos recursos minerais, vegetais e animais do universo não pode ser desvinculado do respeito
pelas exigências morais. O domínio concedido pelo Criador ao homem sobre os seres inanimados e os outros seres vivos, não é absoluto, mas regulado pela preocupação da qualidade de vida do próximo, inclusive das gerações futuras; exige um respeito religioso pela integridade da criação (156).

2416. Os animais são criaturas de Deus. Deus envolve-os na sua solicitude providencial (157). Pelo simples fato de existirem, eles O bendizem e Lhe dão glória (158). Por isso, os homens devem estimá-los. É de lembrar com que delicadeza os santos, como São Francisco de Assis ou São Filipe de Néri, tratavam os animais.

2417. Deus confiou os animais ao governo daquele que foi criado à Sua imagem (159). É, portanto, legítimo servimo-nos dos animais para a alimentação e para a confecção do vestuário. Podemos domesticá-los para que sirvam o homem nos seus trabalhos e lazeres. As experiências médicas e científicas em animais são práticas moralmente admissíveis desde que não ultrapassem os limites do razoável e contribuam para curar ou poupar vidas humanas.

2418. É contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e dispor indiscriminadamente das suas vidas. É igualmente indigno gastar com eles somas que deveriam, prioritariamente, aliviar a miséria dos homens. Pode-se amar os animais, mas não deveria desviar-se para eles o afeto só devido às pessoas.

III. A doutrina social da Igreja

2419. «A Revelação cristã conduz [...] a uma inteligência mais penetrante das leis da vida social» (160). A Igreja recebe do Evangelho a revelação plena da verdade acerca do homem. Quando cumpre a sua missão de anunciar o Evangelho, a Igreja atesta ao homem, em nome de Cristo, a sua dignidade própria e a sua vocação para a comunhão das pessoas, e ensina-lhe as exigências da justiça e da paz, conforme à sabedoria divina.

2420. A Igreja emite um juízo moral em matéria económica e social, «quando os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigem» (161). Na ordem da moralidade, ela exerce uma missão diferente da que concerne às autoridades políticas: a Igreja preocupa-se com os aspectos temporais do bem comum em razão da sua ordenação ao Bem soberano, nosso fim último. E esforça- se por inspirar as atitudes justas, no que respeita aos bens terrenos e às relações sócio-económicas.

2421. A doutrina social da Igreja desenvolveu-se no século XIX, quando do confronto do Evangelho com a sociedade industrial moderna, as suas novas estruturas para a produção de bens de consumo, o seu novo conceito de sociedade, de Estado e de autoridade, as suas novas formas de trabalho e de propriedade. O desenvolvimento da doutrina da Igreja em matéria económica e social comprova o valor permanente da doutrina da mesma Igreja, ao mesmo tempo que o verdadeiro sentido da sua Tradição, sempre viva e ativa (162).

2422. O ensino social da Igreja inclui um corpo de doutrina que se vai articulando à medida que a mesma Igreja interpreta os acontecimentos no decurso da história à luz do conjunto da Palavra revelada por Cristo Jesus, com a assistência do Espírito Santo (163). Este ensino torna-se tanto mais aceitável para os homens de boa vontade, quanto mais inspira o procedimento dos fiéis.

2423. A doutrina social da Igreja propõe princípios de reflexão, salienta critérios de julgamento e fornece orientações para a acção:

Todo o sistema, segundo o qual as relações sociais forem inteiramente determinadas pelos factores económicos, é contrário à natureza da pessoa humana e dos seus atos (164).

2424. Uma teoria que faça do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade económica, é moralmente inaceitável. O apetite desordenado do dinheiro não deixa de produzir os seus efeitos perversos e é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social (165).

Um sistema que «sacrifique os direitos fundamentais das pessoas e dos grupos à organização coletiva da produção», é contrário à dignidade humana (166). Toda a prática que reduza as pessoas a não serem mais que simples meios com vista ao lucro, escraviza o homem, conduz à idolatria do dinheiro e contribui para propagar o ateísmo.

«Não podeis servir a Deus e ao dinheiro»(Mt 6, 24; Lc 16, 13).

2425. A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e ateias, associadas, nos tempos modernos, ao «comunismo» ou ao «socialismo». Por outro lado, recusou, na prática do «capitalismo», o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano (167). Regular a economia só pela planificação centralizada perverte a base dos laços sociais: regulá-la só pela lei do mercado é faltar à justiça social, «porque há numerosas necessidades humanas que não podem ser satisfeitas pelo mercado» (168). É necessário preconizar uma regulação racional do mercado e das iniciativas económicas, segundo uma justa hierarquia dos valores e tendo em vista o bem comum.

IV. A atividade económica e a justiça social

2426. O desenvolvimento das atividades económicas e o crescimento da produção destinam-se a ocorrer às necessidades dos seres humanos. A vida económica não visa somente multiplicar os bens produzidos e aumentar o lucro ou o poder; ordena-se, antes de mais, para o serviço das pessoas, do homem integral e de toda a comunidade humana. Conduzida segundo métodos próprios, a atividade económica deve exercer-se dentro dos limites da ordem moral e segundo as normas da justiça social, a fim de corresponder ao desígnio de Deus sobre o homem (169).

2427. O trabalho humano procede imediatamente das pessoas criadas à imagem de Deus e chamadas a prolongar, umas com as outras, a obra da criação, dominando a terra (170). Portanto, o trabalho é um dever: 

«Se algum de vós não quer trabalhar, também não coma» (2 Ts 3, 10) (171). 

O trabalho honra os dons do Criador e os talentos recebidos. Também pode ser redentor: suportando o que o trabalho tem de penoso (172) em união com Jesus, o artesão de Nazaré e crucificado do Calvário, o homem colabora, de certo modo, com o Filho de Deus na sua obra redentora. Mostra-se discípulo de Cristo, levando a cruz de cada dia na atividade que foi chamado a exercer (173). O trabalho pode ser um meio de santificação e uma animação das realidades terrenas no Espírito de Cristo.

2428. No trabalho, a pessoa exerce e cumpre uma parte das capacidades inscritas na sua natureza. O valor primordial do trabalho pertence ao próprio homem, seu autor e destinatário. O trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho (174).

Cada um deve poder tirar do trabalho os meios de subsistência, para si e para os seus, e a possibilidade de servir a comunidade humana.

2429. Cada um tem o direito de iniciativa económica e usará legitimamente os seus talentos, a fim de contribuir para uma abundância proveitosa a todos e recolher os justos frutos dos seus esforços. Mas terá o cuidado de se conformar com as regulamentações impostas pelas legítimas autoridades em vista do bem comum (175).

2430. A vida económica põe em causa interesses diversos, muitas vezes opostos entre si. Assim se explica a emergência dos conflitos que a caracterizam (176). Todos devem esforçar-se por reduzir estes últimos através de uma negociação que respeite os direitos e deveres de todos os parceiros sociais: os responsáveis das empresas, os representantes dos assalariados (por exemplo, organizações sindicais) e, eventualmente, os poderes públicos.

2431. A responsabilidade do Estado. «A actividade económica, particularmente a da economia de mercado, não pode desenrolar-se num vazio institucional, jurídico e político. Pressupõe asseguradas as garantias das liberdades individuais e da propriedade, sem falar duma moeda estável e de serviços públicos eficientes. Mas o dever essencial do Estado é assegurar estas garantias, de modo que, quem trabalha, possa usufruir do fruto do seu trabalho e, portanto, se sinta estimulado a realizá-lo com eficiência e honestidade [...]. O Estado tem o dever de zelar e orientar a aplicação dos direitos humanos no setor económico. Todavia, neste domínio, a primeira responsabilidade não cabe ao Estado, mas sim às instituições e diferentes grupos e associações que compõem a sociedade» (177).

2432. Os responsáveis de empresas têm, perante a sociedade, a responsabilidade económica e ecológica das suas operações (178). Estão obrigados a ter em consideração o bem das pessoas, e não somente o aumento dos lucros. Estes são necessários, pois permitem realizar investimentos que assegurem o futuro das empresas e garantam o emprego.

2433. O acesso ao trabalho e ao exercício da profissão deve ser aberto a todos sem descriminação injusta: homens e mulheres, sãos e deficientes, naturais e imigrados (179). Por sua vez, a sociedade deve, nas diversas circunstâncias, ajudar os cidadãos a conseguir um trabalho e um emprego (180).

2434. O salário justo é o fruto legítimo do trabalho. Recusá-lo ou retê-lo, pode constituir grave injustiça (181). Para calcular a remuneração equitativa, há que ter em conta, ao mesmo tempo, as necessidades de cada um e o contributo que presta. «Tendo em conta as funções e a produtividade de cada um, bem como a situação da empresa e o bem comum, o trabalho deve ser remunerado de maneira a assegurar ao homem e aos seus os recursos necessários para uma vida digna no plano material, social, cultural e espiritual» (182). O acordo das partes não basta para justificar moralmente o montante do salário.

2435. A greve é moralmente legítima , quando se apresenta como recurso inevitável, senão mesmo necessário, em vista dum benefício proporcionado. Mas torna-se moralmente inaceitável quando acompanhada de violências, ou ainda quando for feita com objetivos não diretamente ligados às condições de trabalho ou contrários ao bem comum.

2436. É injusto não pagar aos organismos de segurança social as quotas estabelecidas pelas autoridades legítimas.

O desemprego devido à falta de trabalho é, quase sempre, para quem dele é vítima, um atentado à sua dignidade e uma ameaça ao equilíbrio da vida. Para além do prejuízo pessoalmente sofrido, derivam dele numerosos riscos para a respectiva família (183).

V. Justiça e solidariedade entre as nações

2437. No plano internacional, a desigualdade dos recursos e meios económicos é tal que cava entre as nações um verdadeiro «fosso» (184) Dum lado, estão os que detêm e desenvolvem os meios do crescimento; do outro, os que acumulam dívidas.

2438. Diversas causas, de natureza religiosa, política, económica e financeira, conferem hoje «à questão social uma dimensão mundial» (185). A solidariedade é necessária entre nações cujas políticas já são interdependentes. E é ainda mais indispensável quando se trata de travar «mecanismos perversos» que contrariam o desenvolvimento dos países menos avançados(186). Os sistemas financeiros abusivos, quando não usurários (187), as relações comerciais iníquas entre as nações, a corrida aos armamentos, têm de ser substituídos por um esforço comum para mobilizar os recursos em ordem a objectivos de desenvolvimento moral, cultural e económico, predefinindo as prioridades e as escalas de valores» (188).

1439. As nações ricas têm uma grave responsabilidade moral em relação aquelas que não podem, por si mesmas, assegurar os meios do seu desenvolvimento ou disso foram impedidas por trágicos acontecimentos históricos. É um dever de solidariedade e caridade; é também uma obrigação de justiça, se o bem-estar das nações ricas provier de recursos que não foram equitativamente pagos.

2440. A ajuda direta constitui uma resposta apropriada as necessidades imediatas, extraordinárias, causadas, por exemplo, por catástrofes naturais, epidemias, etc.. Mas não basta para reparar os graves prejuízos resultantes de situações de indigência nem para prover, de modo durável, às necessidades. É necessário também reformar as instituições económicas e financeiras internacionais, para que melhor promovam relações equitativas com os países menos avançados (189). É necessário apoiar o esforço dos países pobres, trabalhando pelo seu crescimento e pela sua libertação (1 9 0 ). Esta doutrina deve ser aplicada de modo muito particular no domínio do trabalho agrícola. Os camponeses, sobretudo no terceiro mundo, formam a massa preponderante dos pobres.

2441. Aumentar o sentido de Deus e o conhecimento de si mesmo está na base de todo o desenvolvimento completo da sociedade humana. Este multiplica os bens materiais e põe-nos ao serviço da pessoa e da sua liberdade. Diminui a miséria e a exploração 
econômica. Faz crescer o respeito pelas identidades culturais e a abertura à transcendência (191).

2442. Não compete aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Este papel faz parte da vocação dos fiéis leigos, agindo por sua própria iniciativa juntamente com os seus concidadãos. A ação social pode implicar uma pluralidade de caminhos concretos; mas deverá ter sempre em vista o bem comum e conformar-se a mensagem evangélica e o ensinamento da Igreja. Compete aos fiéis leigos «animar as realidades temporais com o seu compromisso cristão, comportando-se nelas como artífices da paz e da justiça» (192).

VI. O amor dos pobres

2443. Deus abençoa os que ajudam os pobres e reprova os que deles se afastam: 

« Dá a quem te pede ; não voltes as costas a quem pretende pedir-te emprestado» (Mt 5, 42). 

«Recebestes gratuitamente; pois dai também gratuitamente» (Mt 10,8).

É pelo que tiverem feito pelos pobres, que Jesus reconhecerá os seus eleitos (193). 

Quando « a boa-nova é anunciada aos pobres» (Mt11,5) (194), 

é sinal de que Cristo está presente.

2444. «O amor da Igreja pelos pobres [...] faz parte da sua constante tradição» (195). Esse amor inspira-se no Evangelho das bem-aventuranças (196), na pobreza de Jesus (197) e na sua atenção aos pobres (198). O amor dos pobres é mesmo um dos motivos do dever de trabalhar: para «poder fazer o bem, socorrendo os necessitados» (199). E não se estende somente à pobreza material, mas também às numerosas formas de pobreza cultural e religiosa (200).

2445. O amor dos pobres é incompatível com o amor imoderado das riquezas ou com o uso egoísta das mesmas:

«E agora, ó ricos, chorai em altos brados por causa das desgraças que virão sobre vós. As vossas riquezas estão podres e as vossas vestes roídas pela traça. O vosso ouro e a vossa prata enferrujaram-se e a sua ferrugem servirá de testemunho contra vós e devorará a vossa carne como o fogo. Entesourastes, afinal, para os vossos últimos dias! Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar: e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo! Tendes vivido na terra entregues ao luxo e aos prazeres, cevando assim os vossos apetites para o dia da matança! Condenastes e destes a morte ao inocente, e Deus não vai opor-se?» (Tg 5, 1-6).

2446. São João Crisóstomo lembra com vigor: «Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que aferrolhamos» (201). «Satisfaçam-se, antes de mais, as exigências da justiça e não se ofereça como dom da caridade aquilo que é devido a título de justiça» (202):

«Quando damos aos indigentes o que lhes é necessário, não lhes ofertamos o que é nosso: limitamos a restituir-lhes o que lhes pertence. Mais do que praticar uma obra de misericórdia, cumprimos um dever de justiça» (203).

2447. As obras de misericórdia são as ações caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais (204). Instruir, aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais, como perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporais consistem nomeadamente em dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem teto, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, sepultar os mortos (205). Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres (206) é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus (207):

«Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos, faça o mesmo» (Lc 3, 11). 

«Dai antes de esmola do que possuis, e tudo para vós ficará limpo» (Lc 11, 41). 

«Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem do alimento quotidiano, e um de vós lhe disser: "Ide em paz; tratai de vos aquecer e de matar a fome", mas não lhes der o que é necessário para o corpo, de que lhes aproveitará?» (Tg 2, 15-16) (208).

2448. «Sob as suas múltiplas formas: indigência material, opressão injusta, doenças físicas e psíquicas, e finalmente a morte, a miséria humana é o sinal manifesto da condição congénita de fraqueza em que o homem se encontra desde o primeiro pecado e da necessidade que tem de salvação. Foi por isso que ela atraiu a compaixão de Cristo Salvador, que quis tomá-la sobre Si e identificar-Se com os "mais pequenos de entre os seus irmãos" (Mt 25, 40-45). É por isso, os que se sentem acabrunhados por ela são objeto de um amor preferencial por parte da Igreja que, desde o princípio, apesar das falhas de muitos dos seus membros, nunca deixou de trabalhar por aliviá-los, defendê-los e libertá-los; fê-lo através de inúmeras obras de beneficência, que continuam indispensáveis, sempre e em toda a parte» (209).

2449. Desde o Antigo Testamento, toda a espécie de medidas jurídicas (ano de remissão, interdição de empréstimos a juros e da retenção dum penhor, obrigação do dízimo, pagamento quotidiano da jorna, direito de apanhar os restos da vindima e da ceifa) são uma resposta à exortação do Deuteronómio: 

«Nunca faltarão os pobres na terra; por isso, faço-te esta recomendação: abre, abre a mão para o teu irmão, para o pobre e necessitado que estiver na tua terra» (Dt 15, 1 l ). 

E Jesus faz sua esta palavra: «Pobres, sempre os haveis de ter convosco; a Mim, nem sempre Me tereis» (Jo 12, 8). 

Com isto não faz caducar a força dos oráculos antigos: «Compraremos os necessitados por dinheiro e os pobres por um par de sandálias» (Am 8, 6), mas convida-nos a reconhecer a sua presença na pessoa dos pobres que são seus irmãos (210):

No dia em que a sua mãe a repreendeu por manter em sua casa pobres e doentes. Santa Rosa de Lima respondeu-lhe: «Quando servimos os pobres e os doentes, é a Jesus que servimos. Não devemos cansar-nos de ajudar o nosso próximo, porque nele servimos a Jesus» (211).



Os pecados mortais são os atos pelos quais o homem, com liberdade rejeita Deus.

É pecado mortal todo pecado que tem como objeto uma matéria grave e que é cometido com plena consciência , afirma o Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 1587.

Portanto todo ato pecaminoso contras os 10 mandamentos é um pecado grave. Os mandamentos são a base da moral católica. 

A resposta de Jesus ao jovem rico no Evangelho de São Marcos ilustra bem os pecados graves: 

Marcos 10:19
19Você conhece os mandamentos:
 não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe”."

Leia mais emhttps://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-marcos/10/
O que significa este 7º Mandamento? 

Devemos temer e amar a Deus, em primeiro lugar. e, por isso:

Não tirar o dinheiro ou os bens do próximo nem nos apoderar deles por meio de mercadorias falsificadas ou negócios desonestos, mas devemos ajudá-los a conservar e melhorar seu meio de vida.
Nas explicações de todos os Mandamentos, em primeiro lugar devemos temer e amar a Deus. Quem ama a Deus, ama igualmente o seu semelhante, pois todas as pessoas são feitas à imagem e semelhança de Deus. Por isso, enquanto pessoas cristãs não devemos tirar nada, nem ser falsos, ou desonestos. Se amamos a Deus ao ponto de reconhecer seu amor por nós, então somos pessoas chamadas a também estender este amor ao próximo e ajudá-lo em suas necessidades. 

No Mandamento, o verbo roubar ou cobiçar não significa apenas, desejar algo que pertence à outra pessoa, mas também usar um artifício para ter direito de posse e a consequente ação de tomar posse. Portanto, aqui se coloca também a questão do direito e da propriedade.
A questão da propriedade particular na Bíblia é vista, de maneira positiva, entendida como sinal de bênção divina. 

No Novo Testamento,  nos Evangelhos e nas epístolas é visto como algo normal, que as pessoas trabalhem e até multipliquem seus bens.

"São Lucas, 19:1-27

 1.Jesus entrou em Jeri­có e ia atra­vessando a cidade. 2.Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos. 3.Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura. 4.Ele correu adiante, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali. 5.Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: “Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa.” 6.Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente. 7.Vendo isso, todos murmuravam e diziam: “Ele vai hospedar-se em casa de um pecador...”. 8.Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: “Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo”. 9.Disse-lhe Jesus: “Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. 10.Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”. (= Mt 25,14-30) 11.Ouviam-no falar. E, como estava perto de Jerusalém, alguns se persuadiam de que o Reino de Deus se havia de manifestar brevemente; ele acrescentou esta parábola: 12.“Um homem ilustre foi para um país distante, a fim de ser investido da realeza e depois regressar. 13.Chamou dez dos seus servos e deu-lhes dez minas, dizendo-lhes: Negociai até eu voltar.14.Mas os homens daquela região odiavam-no e enviaram atrás dele embaixadores, para protestarem: Não queremos que ele reine sobre nós. 15.Quando, investido da dignidade real, voltou, mandou chamar os servos a quem confiara o dinheiro, a fim de saber quanto cada um tinha lucrado. 16.Veio o primeiro: Senhor, teu dinheiro rendeu 10 vezes mais. 17.Ele lhe disse: Muito bem, servo bom; porque foste fiel nas coisas pequenas, receberás o governo de dez cidades. 18.Veio o segundo: Senhor, teu dinheiro rendeu 5 vezes mais. 19.Disse a este: Sê também tu governador de cinco cidades. 20.Veio também o outro: Senhor, aqui tens teu dinheiro, que guardei embrulhado num lenço; 21.pois tive medo de ti, por seres homem rigoroso, que tiras o que não puseste e ceifas o que não semeaste. 22.Replicou-lhe ele: Servo mau, pelas tuas palavras te julgo. Sabias que sou rigoroso, que tiro o que não depositei e ceifo o que não semeei... 23.Por que, pois, não puseste o meu dinheiro num banco? Na minha volta, eu o teria retirado com juros. 24.E disse aos que estavam presentes: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez minas. 25.Replicaram-lhe: Senhor, este já tem dez minas!... 26.Eu vos declaro: a todo aquele que tiver, lhe será dado; mas, ao que não tiver, lhe será tirado até o que tem. 27.Quanto aos que me odeiam, e que não me quiseram por rei, trazei-os e massacrai-os na minha presença”."

Leia mais em: https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-lucas/19/
A propriedade faz parte da vida do ser humano no sentido de que ele tenha condições e um ambiente que lhe permita uma boa sobrevivência.
Por outro lado, a propriedade privada não é santificada na Bíblia. Há críticas a ela. O aspecto negativo da propriedade é apontado em Deuteronômio, pelo profeta Amós, por Jesus e pelos apóstolos. O aspecto negativo é que a propriedade/bens, usada como necessidade para a sobrevivência e desenvolvimento da vida, pode ser transformada em instrumento de poder e ganância contra os semelhantes. Aí passa a ser uma ameaça à justiça e à paz. Contra estas situações se levantam os profetas e o próprio Jesus, colocando-se ao lado dos fracos e necessitados.
Portanto, a ganância, o roubo (nas suas mais variadas formas) e a ambição deixam a vida humana mais sofrida e pobre de valores fundamentais. Neste sentido Jesus é radical ao afirmar:

Mateus 6:24
“Vocês não podem servir a dois senhores” 

Assim, o mandamento nos proíbe de tomar injustamente qualquer coisa que não seja propriamente nossa. 

O furto pode assumir muitas formas:

o seqüestro

Êxodo 21:16
16Aquele que furtar um homem, e o tiver vendido, ou se este for encontrado em suas mãos, será morto.

o tráfico de seres humanos

1 Timóteo 1:9-10
9Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas,
10Para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina,


a receptação de coisas furtadas 

Provérbios 29:24
24Quem partilha com o ladrão, odeia-se a si mesmo; ouve a maldição e nada denuncia.

as transações fraudulentas

1 Timóteo 3:8
8Do mesmo modo, os diáconos sejam honestos, não de duas atitudes nem propensos ao excesso da bebida e ao espírito de lucro;


o uso de pesos e medidas falsos

Provérbios 20:10
10Ter dois pesos e duas medidas é objeto de abominação para o Senhor.

a violação dos marcos de propriedade

Deuteronômio 19:14
14Não removerás os marcos de teu vizinho, que teus predecessores fixaram na herança que te couber na terra, cuja posse te há de dar o Senhor, teu Deus.


a injustiça nos contratos


Deuteronômio 24:15
15Dá-lhe o seu salário no mesmo dia, antes do pôr do sol, porque é pobre e espera impacientemente a sua paga. Do contrário clamaria contra ti ao Senhor, e serias culpado de um pecado.

a extorsão

Salmo 62:10
10Não confiem na extorsão: nem ponham a esperança em bens roubados; se as suas riquezas aumentam, não ponham nelas o coração.

os contratos de empréstimo imorais

Salmo 37:21 
Os ímpios tomam emprestado e não devolvem, mas os justos dão com generosidade;

o tomar emprestado e não devolver 

Êxodo 22:14 
Se alguém pedir emprestado ao seu próximo um animal e este for ferido ou morrer na ausência do dono, terá que fazer restituição.


O furto envolve não apenas a propriedade tangível (que se consegue tocar; que pode ser apalpado; tocável), mas também reputações e idéias. Nossos tempos modernos e tecnologicamente avançados trouxeram à tona inúmeros modos de o coração pecaminoso e maquinador obter aquilo que não é seu por direito.


Roubo de credenciais

O roubo de credenciais tem se tornado a técnica preferida de cibercriminosos, que coletam informações roubadas das empresas ou mesmo por meio de terceiros (informações compradas ou vazadas) de usuários e as usam em vários websites, esperando conseguir acesso a bancos, contas de redes sociais e servidores de e-mail.

Vejamos alguns exemplos:


Fraudes 

A tentativa de fraude é possivelmente a forma mais simples de ter os dados roubados. Basta entrar na pasta de spam do seu Gmail (ou serviço similar) para perceber quantas são as mensagens em nome de bancos, instituições financeiras e até mesmo organizações sem fins lucrativos!

A prática do phishing é simular ser outra pessoa ou empresa, para forçar o usuário a realizar alguma ação. No caso dos e-mails falsos da Receita Federal, por exemplo, o simples ato de digitar seu CPF numa página pirata faz os bandidos confirmarem que esse número realmente existe e passem a usá-lo. 

O phishing pode ser explorado de diversas maneiras, entre elas o envio de um e-mail falso para a sua caixa de entrada, pedindo informações importantes que vão abrir suas defesas.

Compras na internet

Quando você acessa um site que pede suas informações (NOME, ENDEREÇO, TELEFONE, NUMERO DO CARTÃO DE CREDITO..), supostamente para acessar a sua conta, é preciso ter cuidado! .

O cliente escolhe o produto e logo em seguida disponibiliza todas as suas informações. Se o site for uma armadilha, o criminoso terá em mãos todas as ferramentas para fazer compras em seu nome. 

Procure lojas de confiança, conhecidas, ou pelo menos que tenham sido recomendadas. Se você não conhece aquela loja que está fazendo um preço tão baixo que chega a gerar desconfiança, faça uma pesquisa rápida no Google. Dois minutos de trabalho pesquisando sobre a loja poderão poupar-lhe de um prejuízo financeiro que você certamente não quer.

Grande parte das ameaças à segurança digital aparece na caixa de entrada dos  e-mails. Talvez as mensagens sejam a forma mais fácil de enganar os outros (já que não dá para saber se é verídica como no caso de um website de banco, cujo domínio pode ser facilmente verificado), e por isso é bom ter atenção redobrada: sempre desconfie de mensagens enviadas por empresas. Ainda mais se você não for cliente dessa empresa!.

Invasão de aparelhos via internet

Os computadores, smartphones e tablets estão sempre expostos, especialmente quando usamos uma rede pública. É nesse momento que os cibercriminosos invadem a rede local e, consequentemente, o seu aparelho. Por isso, evite usar as internets públicas, a não ser quando extremamente necessário. E, sendo assim, não deixe dados importantes, como número de cartão de crédito e senhas bancárias no dispositivo.

No caso dos computadores, as invasões mais comuns acontecem por meio de instalação de arquivos e aplicativos com vírus. Muitas vezes instalamos indiscriminadamente algum arquivo, e assim acabamos nos tornando vítima. Por isso, instale apenas os produtos que você tem certeza que vêm de fontes confiáveis.

Uma triste realidade

Carretas quando viram em estradas por exemplo, não sobra nada, a população leva tudo. 

Também há os que são coniventes ( Cúmplice; que esconde uma ação ilegal ou imoral cometida por outra pessoa; que não faz nada para impedir uma ação errada ou criminosa) com os furtos, adquirindo produtos roubados por custos menores, como os aparelhos eletronicos. 

O diabo entra pelo bolso

Enquanto a humanidade está aflita para ter mais, Deus a redime fazendo-se pobre. O que nos faz ricos não são os bens, mas o amor.

“Muitas vezes ouvimos, o diabo entra pelo bolso. Primeiro vem o dinheiro, o amor ao dinheiro, o desejo de possuir, depois a vaidade e, por fim, o orgulho e a soberba. Este é o modo de agir do diabo em nós, mas a porta de entrada é o bolso.”

Papa Francisco 

“Queridos irmãos e irmãs, mais uma vez Jesus Cristo nos revela o sentido pleno das Escrituras. ‘Não roubar’ quer dizer: ame com os seus bens, aproveite dos seus meios para amar como pode. Porque a vida não é tempo para possuir, mas para amar.”

Não basta apenas o arrependimento

No caso de roubo, não basta o arrependimento. É preciso devolver o que foi roubado, pois, do contrário, não há perdão. É obrigação devolver, mas não de se revelar em público como um ladrão. 

Se roubou um carro, é preciso devolver o carro ou outro igual. Que dê de presente. 

Se roubou de uma instituição, é preciso devolver. Faça-se por meio de doação. 

Se roubou de alguém que já faleceu, que se faça doação a uma sociedade beneficente.

Em casos de não ter condição de devolver o dinheiro por não o ter mais, deve propor-se ir devolvendo aos poucos, até o fim da vida se for preciso, fazendo o que é possível.
Você alguma vez já foi assaltado?

Passei por essa situação algumas vezes, vou contar sobre a ultima.

Não tenho certeza da data especifica que foi o assalto, pois dei falta do que foi roubado, apenas quando fui utilizar os equipamentos.
Várias coisas faltando:
3 Câmeras fotográficas.
5 lentes.
Ipad.
Filmadora.
Acessorios, e mais algumas coisas... e fotos de familia. Essa perda foi dolorosa, já que não há dinheiro capaz de comprar registros de memórias queridas.

Sou um fotógrafo amador, que ama fotografar. Gosto de pesquisar novos lançamentos de cameras, lentes, acessórios, programas de edição, enfim, tudo que envolve fotografia.
Faço isso por hobby, profissão ( quem sabe... só DEUS), amor.

A gente sempre ouve recomendações de especialistas em segurança sobre o que fazer após sofrer um assalto. Na hora, porém, com a adrenalina correndo e a desorientação natural da situação, fica difícil pensar.

Dessa vez não liguei para a polícia ( na outra vez, não deu em nada). Depois, fiz uma varredura mais detalhada na casa a fim de contabilizar as perdas.

Passado o susto e o desgosto com o cálculo do prejuízo, comecei a pensar na reposição.

Na minha escala de prioridades, preciso, antes de qualquer outra coisa, de uma boa camera. Depois, uma boa lente. Daqui em diante são coisas menos urgentes, mas que gostaria de repor algum dia. São bens materiais e, por isso, possíveis.

A perda foi apenas dos aparelhos, sem consequências que vão além disso.

O ladrão provavelmente estudou minha casa, os moradores. Conhecia as rotinas, onde, quando e como atacar. Não era um maluco que estava passando e resolveu agir.

Eu não sei como alguém que ganha a vida desse jeito consegue dormir tranquilo à noite. Mas essa não deve ser uma preocupação dele.

Eu quero, que o ladrão se arrependa, e meus bens, que sejam devolvidos. É o que considero justiça. Mas, talvez o ladrão seja alguém incorrigível, … paciência.

O outro grande problema, talvez maior que meu prejuízo financeiro e dificuldades decorrentes do assalto, são os efeitos no coletivo. É algo que afeta a qualidade de vida. E é especialmente decepcionante que ela se revele dentro de uma cidade que, apesar de tudo, é reconhecidamente boa de se viver.

Eu pensei algumas vezes na validade disso tudo, de por que esquentar a cabeça comprando coisas novas, boas para mim, sendo que corro o risco de perdê-las amanhã. Ainda não sei se vale e, por ora, coloquei essas vontades no modo (pausa).

Também bateu um desânimo com o que faço e sempre fiz, fotografar.

Porém depois do crime ocorrido, penso se compensa batalhar para comprar tudo novamente. É um sentimento de insegurança horrível. É como se todo fruto do meu esforço (no plural, minha familia) apenas alimentasse o bolso de quem vive do crime.
Depois do dia do furto, eu comecei a pensar o quão podre o ser humano pode ser.

O diabo entra pelo bolso

Enquanto a humanidade está aflita para ter mais, Deus a redime fazendo-se pobre. O que nos faz ricos não são os bens, mas o amor.

“Muitas vezes ouvimos, o diabo entra pelo bolso. Primeiro vem o dinheiro, o amor ao dinheiro, o desejo de possuir, depois a vaidade e, por fim, o orgulho e a soberba. Este é o modo de agir do diabo em nós, mas a porta de entrada é o bolso.”

Papa Francisco 

“Queridos irmãos e irmãs, mais uma vez Jesus Cristo nos revela o sentido pleno das Escrituras. ‘Não roubar’ quer dizer: ame com os seus bens, aproveite dos seus meios para amar como pode. Porque a vida não é tempo para possuir, mas para amar.”


Seguindo em frente

Pedir a Deus que perdoe seus pecados

A confissão deve ser feita a um padre, atravez do Sacramento da Confissão ou Penitência, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, para que os cristãos possam ser perdoados de seus pecados e receberem a graça santificante. Também é chamado de sacramento da Reconciliação.

É importante que você admita o que fez de errado

"Eu peguei (dinheiro, celular, joias, etc. ) sem pedir". Você declarou o pecado (roubo) e assumiu a responsabilidade por ele sem inventar uma desculpa,( se arrependa verdadeiramente do que fez. 

Ore sobre o que está sentindo. Você deve ser sincero ao pedir perdão. Se você crê que Deus conhece seu coração, não faz sentido mentir para ele. Diga a ele o quanto se sente culpado e que afastar-se dele o deixou muito triste.

Ore usando as Escrituras Sagradas. A palavra de Deus é poderosa e ele o encoraja a usá-la para falar com Ele. Dado que a Bíblia é a palavra de Deus, elas são um modelo de como falar com Ele. Procure na Bíblia ou na Internet por textos bíblicos que falem sobre perdão. Use-os para tornar marcante esse momento de oração.

Diga a Deus que acredita em seu perdão. O perdão é concedido mediante a fé. Não é nada bom pedir perdão sem acreditar que Deus o perdoará. Deus diz que quando você pede perdão com um coração sincero, ele é fiel para perdoar. Diga a si mesmo que crê nele e diga o mesmo a Deus.

Faça esforços para evitar fazer a mesma coisa errada novamente. Parte de seu objetivo é seguir a Cristo e se afastar do pecado. Isso exige comprometimento. Você não vai parar de pecar imediatamente, mas se trabalhar nisso, ficará mais forte.

Encontre pessoas que possam ajudá-lo. Estude as escrituras para evitar a tentação. Lembre-se que o pecado só faz mal e que você não precisa dele.
Separe um tempo para ler a Bíblia, orar e conversar com outros cristãos. São coisas essenciais para uma vida livre do pecado.

Vá até as pessoas que machucou em busca de perdão. O pecado quebra nossa relação com Deus e machuca as outras pessoas também. Quando souber que Deus já o perdoou, é importante buscar o perdão das pessoas. Diga a elas que sente muito e peça perdão. Lembre-se que você não pode obrigar alguém a te perdoar. Ou eles aceitam seu pedido e o perdoam ou não. Se eles se recusarem a perdoá-lo, não os incomode. Você não pode mudá-los.

Após ter se desculpado e pedido perdão, você precisa se livrar da culpa. Mesmo que não seja perdoado, você fez sua parte.


Os que roubaram ou causaram dano ao próximo em seus bens estão obrigados, além de confessar seu pecado, a restituir o produto do roubo e a reparar quanto antes os danos  causados.


Postagem em destaque

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas.

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